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LUTO: A DOR DA PERDA

Perder alguém importante é sempre doloroso e o processo de luto deve ser sentido e encarado como algo natural do percurso da vida. Em nossa cultura ocidental, a morte ainda é vista como um tabu, pois revela a fragilidade que todos nós como seres humanos possamos sentir frente à finitude e vulnerabilidade.

O processo de luto vem acompanhado por um conjunto de sentimentos, como a tristeza, culpa raiva, solidão, desamparo, ansiedade, entre outros sintomas. No entanto, cada pessoa reage a perda de um ente querido de forma particular a partir de sua vivencia e a forma de lidar e encarar a morte.

Por isso, o processo de luto deve ser sentido e é necessário para que todo indivíduo consiga seguir em frente. Segundo a teoria de Elisabeth Kubler Ross, o processo de luto passa por cinco fases:

  1. Negação: Para se proteger da dor sentida pela perda, o sujeito nega a morte e a realidade. Ex: “Isso não está acontecendo comigo”

  2. Raiva: Nesse momento, é comum aparecer o sentimento de revolta e ressentimento. Diante da perda a pessoa se sente injustiçada e projeta para o mundo exterior a raiva e a impotência diante do fato. Ex: “Por que comigo?”.

  3. Barganha: É a fase que o sujeito começa a negociar com a vida de alguma maneira para que as coisas possam voltar a ser como era antes. Em alguns casos, é possível observar que as pessoas se apegam a religião fazendo promessas para encarar a perda de uma forma mais saudável. Ex: “Vou pensar positivamente e com fé que a vida vai voltar ao normal”

  4. Depressão: Neste momento o indivíduo começa a sentir um sofrimento profundo acompanhado de tristeza, culpa,  medo, desesperança e isolamento. É importante ressaltar que a dor deve ser sentida neste momento, no entanto, se a pessoa permanece tempo demasiado nesta fase com ideais e pensamentos negativos ou suicidas, um psicólogo pode ajudá-lo a enfrentar este momento. Ex: “Eu não consigo lidar com isso, estou sofrendo demais!”

  5. Aceitação: Neste momento a negação não é mais necessária e a pessoa apresenta maior tolerância frente à realidade. A vida começa a tomar novo rumo e é possível observar e encontrar novas formas de lidar com a perda. Ex: “Tudo vai dar certo!”.

Como falamos anteriormente, o luto é importante e necessário neste processo de perda para todo individuo. No entanto, cada um sente de forma peculiar essa perda e as fases do luto não respeitam a ordem cronológica citada acima. Ou seja, as fases podem não acontecer de forma linear e em algumas situações a pessoa pode apresentar dificuldades de sair/passar de uma fase para a outra trazendo prejuízos importantes na vida.

Perder alguém faz com que o sujeito tenha que lidar com sentimentos muito complexos que devem ser sentidos para que se possa criar novas possibilidades de um novo olhar frente a dor de perder alguém. Porém, com o passar do tempo as pessoas tendem a encarar a situação de forma mais saudável.

É importante ressaltar que algumas pessoas que passam por tempo demasiado em uma das fases devem procurar ajuda profissional, porque a fixação em uma delas pode acarretar em transtornos de ansiedade, depressão, isolamento, entre outros sintomas prejudiciais.

 

*O texto é apenas informativo e não substitui o atendimento psicoterápico oferecido pelo psicólogo.  

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