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ESTRESSE E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Em diversos momentos na vida enfrentamos situações de obstáculos, desafios, momentos em que somos solicitados a resolver os problemas de diversas ordens (exigências tanto internas quanto externas), e por vezes, a pressão do dia a dia se torna mais penosa e difícil de sustentar.

Muitos pacientes chegam ao consultório queixando-se de estresse, no entanto, é importante ressaltar que há uma diferença entre cansaço e estresse.

É comum um paciente relatar seu dia a dia corrido, se dividindo entre trabalho, casa, filhos e se sentir cansado, mas com uma noite bem descansada o problema já pode ser resolvido.

No caso do estresse, uma noite de sono nem sempre é suficiente para retomar as energias, pois o individuo pode sofrer de insônia, e as alterações fisiológicas não se recompõem apenas com uma boa noite de sono.

O estresse é uma defesa natural do organismo (resposta física e psicológica), que responde tanto em momentos de preservação, que nos ajuda a sobreviver, como em resposta de um acumulo de situações com fatores estressores trazendo prejuízos ao sujeito. Quando nos deparamos com alguma situação de perigo/ameaça tanto física quanto psicológica, nosso organismo responde de forma automática a esses estímulos estressores com o objetivo de no proteger e preparar para a “fuga ou luta”.

Nossos antepassados da idade da pedra sobreviveram porque ao se depararem com um animal faminto se estressavam e reagiam imediatamente, tanto para lutar como para fugir. Ou seja, quando nossos antepassados se estressavam o organismo liberava uma serie de mediadores químicos que provocavam reações fisiológicas diante do perigo.

No entanto, no mundo moderno, o estresse resulta de um acúmulo de problemas que se repetem no dia a dia sobrecarregando o individuo e contribuindo para a alteração da pressão arterial e o aumento dos batimentos cardíacos, trazendo sérios prejuízos à saúde.

Se estivermos em constantes cobranças, dificuldades em lidar com as preocupações e responsabilidades do dia a dia, a pressão no trabalho, entre outros eventos estressores, o organismo opera sob o estresse e vivemos automaticamente em alerta e as alterações fisiológicas e psicológicas constantemente em funcionamento.

Com o passar do tempo o estresse sem tratamento e acompanhamento pode se tornar crônico devido o acúmulo de situações estressantes e o organismo passa a reagir em constante alerta, dando sinais de cansaço podendo afetar os sistemas imunológicos, endocrinológico, nervoso e psicológico. Ocorre o aumento da pressão arterial, crises de angina, dores musculares, dores nas costas, na região cervical, alteração da pele, entre outros.

Ainda no âmbito físico, alguns sintomas são agravados ou causados pelo estresse como: enxaqueca, problemas gastrointestinais, sudorese, fadiga, infertilidade, doença cardíaca e o distúrbio do sono.

Entre as doenças e os efeitos emocionais mais frequentes estão a ansiedade, depressão, confusão mental, irritabilidade, frustração, ira, hipersensibilidade, perda da concentração, diminuição da criatividade e autoestima, distúrbios alimentares e o possível abuso de álcool e drogas, pois o álcool pode funcionar como um ansiolítico, podendo amenizar a ansiedade em certos momentos.

A atividade física e momentos de lazer são boas medidas para evitar e ajudar nas consequências do estresse, pois ajudam a neutralizar a ação dos neurotransmissores que são liberados pelo estresse ocorrendo o aumento do nível de endorfina no cérebro trazendo bem estar. Em relação ao âmbito psicológico e emocional, a psicoterapia pode ajudar o paciente a identificar as causas do estresse e ajudá-lo a criar estratégias para resolvê-las, além da possibilidade de ressignificação de seu estado e pensamento.  

 

*O texto é apenas informativo e não substitui o atendimento psicoterápico oferecido pelo psicólogo.

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